Quase todos os estados brasileiros já registraram casos da doença; apenas cinco estados ainda não apresentaram nenhum caso.
A transmissão da doença ocorre através do Culicoides paraensis | Foto: Sesa
A febre do Oropouche continua aumentando no Brasil. Este ano, mais de 7.653 casos foram confirmados até o início desta semana, além de quatro mortes, segundo o Ministério da Saúde (MS). Isso significa um aumento de mais de 700% em 2024, em comparação com 2023. Quase todos os estados brasileiros registraram casos da doença, exceto o Distrito Federal, Goiás, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, que ainda não apresentaram nenhum caso.
O estado do Amazonas continua liderando o número de infecções com 3.228 casos, seguido por Rondônia com 1.710 casos. A Bahia registrou 844 casos, Espírito Santo 441 e Acre 270. Enquanto isso, Distrito Federal, Goiás, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul não registraram infecções.
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Ainda segundo o Ministério da Saúde, duas mulheres na Bahia morreram em julho por consequência da febre do Oropouche, confirmando as primeiras mortes relacionadas à doença no mundo. As pacientes, de 21 e 24 anos, não tinham históricos de comorbidades e apresentaram sintomas semelhantes aos da dengue grave. O ministério investiga oito casos de transmissão vertical, em que o vírus é passado da mãe para o bebê, nos estados da Bahia, Pernambuco e Acre, nestes dois últimos foram confirmados mais dois óbitos. Enquanto no estado do Pernambuco foi confirmado um óbito fetal, no Acre foi notificado que um bebê nasceu com anomalias congênitas e morreu aos 47 dias de vida. A mãe da criança, de 33 anos, havia apresentado erupções cutâneas e febre no segundo mês de gravidez. Exames laboratoriais feitos no pós-parto acusaram resultado positivo para o vírus Oropouche.
Leia também: . Brasil registra surtos de casos da Febre do Oropouche (Orov) . Secretaria de Estado da Saúde confirma casos de febre do Oropouche em São Paulo A secretária de Saúde do estado do Ceará, Tânia Coelho, anunciou, na última segunda-feira (13), que a secretaria está investigando se um óbito fetal registrado no último final de semana tem relação com a febre do Oropouche. A gestante tem 40 anos de idade, é residente de Baturité, mas foi atendida no município de Capistrano.
Ainda de acordo com a secretária, 60% das doenças infecciosas registradas em humanos são causadas por animais ou insetos, incluindo o mosquito, e destacou a importância de um plano de ação.
A transmissão da doença ocorre através do Culicoides paraensis, o maruim ou mosquito-pólvora, como é comumente conhecido. Para reduzir o risco de infecção, é importante manter os quintais limpos, livres de folhas e lixo orgânico, além de usar roupas compridas e sapatos fechados em áreas infestadas por insetos.