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Setembro amarelo: diagnóstico e tratamento são a melhor forma de prevenção

Psiquiatra explica que ainda existe tabu em relação às doenças psiquiátricas e reforça importância de procurar ajuda

O profundo desejo de acabar com a dor e o sofrimento pode levar a decisões extremas | Foto: Divulgação

A campanha de prevenção ao suicídio, Setembro Amarelo, é muito importante para que o tema seja debatido em todo o Brasil. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil suicídios por ano em todo o mundo. Como existem episódios subnotificados, o número pode subir para um milhão de casos.


A importância para essa conscientização se dá principalmente porque o suicídio pode ser evitado em 90% dos casos, visto que sua imensa maioria está relacionado à existência de um transtorno mental, que pode ser devidamente diagnosticado e tratado.

A psiquiatra Maíra Della Monica Machado explica que entre os principais transtornos relacionados ao suicídio estão os transtornos de humor (bipolaridade e depressão), dependência química, esquizofrenia e transtornos de personalidade. “O suicídio é um fenômeno multifatorial, porém os transtornos psiquiátricos são as principais causas. A depressão maior e o transtorno bipolar são os que mais tem risco de suicídio e, portanto, estar em acompanhamento adequado é a maior forma de prevenir”, afirma.


A médica explica que os pensamentos de morte aparecem não para acabar com a vida, mas para acabar com o sofrimento, com a dor. “Apesar de tanta informação que temos atualmente, seja por artigos disponíveis, mídia e redes sociais, ainda há um imenso tabu quanto às doenças psiquiátricas, dificultando que essas pessoas sejam devidamente diagnosticadas e tratadas, evitando assim um desfecho trágico”, finaliza.

Onde buscar ajuda O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional e prevenção ao suicídio. realizando atendimentos gratuitos e sigilosos, disponíveis 24 horas por dia, para pessoas que estão passando por momentos difíceis e precisam de alguém para conversar. O atendimento é feito por voluntários capacitados e pode ser acessado por telefone (disque 188), chat online, e-mail ou pessoalmente (endereços na página do CVV). Em São Paulo, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) oferecem atendimento gratuito a pessoas com transtornos mentais e dependentes químicos. E prestam apoio com foco na prevenção do suicídio. Com uma equipe multidisciplinar, o centro realiza acompanhamento clínico e terapias, visando acolher e apoiar os pacientes em momentos de crise, promovendo reintegração social e prevenção de agravamento. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) oferece socorro imediato em emergências médicas, como acidentes e crises graves de saúde. Funciona 24 horas pelo número 192, enviando equipes especializadas para atender e, se necessário, transportar pacientes ao hospital. Adolescentes e jovens de 13 a 24 anos podem buscar apoio no canal Pode Falar, vinculado ao UNICEF, acessível pelo site. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) atuam também na prevenção do suicídio oferecendo acolhimento, apoio psicológico e encaminhamentos. Profissionais identificam sinais de risco e promovem ações de conscientização em saúde mental. É possível buscar apoio também através do Ouve SUS, e pelo telefoe 136.

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