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Ministério da Saúde emite alerta para febre amarela após casos na divisa de São Paulo e Minas Gerais

Comunicado pede atenção para a vigilância e reforça a importância da vacinação


Um alerta foi emitido pelo Ministério da Saúde no domingo (28) após o registro de dois novos casos de febre amarela na região da divisa entre São Paulo e Minas Gerais. O comunicado visa intensificar as ações de vigilância e imunização nas áreas com transmissão ativa do vírus da febre, visando evitar futuros surtos e agir prontamente em caso de necessidade.


De acordo com a nota informativa conjunta dos departamentos ligados à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, é essencial que estados e municípios comuniquem os casos suspeitos com agilidade. A nota está disponível online para consulta.


Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, "a febre amarela é uma doença facilmente evitável com a vacinação, disponível no SUS para todas as idades". Ela destaca que a cobertura vacinal está abaixo do recomendado e ressalta a importância de manter a vacinação em dia.


A febre amarela apresenta alto índice de letalidade. Nos últimos seis meses, foram registrados quatro casos no Brasil, com três óbitos. Os casos mais recentes ocorreram em homens de 50 e 28 anos, residentes nas regiões de Águas de Lindóia e Monte Sião, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, e no município de Serra Grande, respectivamente.


O vírus da febre amarela é endêmico na região amazônica, mas ocasionalmente reemerge em áreas fora dessa região. O Ministério da Saúde alerta que surtos ocorrem em condições favoráveis de transmissão, como altas temperaturas e baixas coberturas vacinais.


Entre as recomendações do Ministério da Saúde estão a intensificação das ações de vigilância e imunização nas áreas afetadas, notificação de adoecimento ou morte de macacos e busca ativa de pessoas não vacinadas.


Além disso, foram disponibilizadas 150 mil doses extras da vacina para o estado de São Paulo e recomendado o livre acesso à vacina nas unidades de saúde, sem necessidade de agendamento prévio.


Equipes de apoio também estão à disposição para auxiliar na investigação epidemiológica dos casos.


Sobre a febre amarela e seus sintomas


Segndo o instrituto Fiocruz, a febre amarela é uma infeccção causada por vírus e transmitida por vetores. Muitas vezes, os sintomas são leves ou até mesmo ausentes. No entanto, quando ocorrem, incluem febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. Em casos raros, a doença pode se agravar, levando a complicações como insuficiência hepática e renal, icterícia, manifestações hemorrágicas e fadiga extrema. A maioria dos pacientes se recupera bem e desenvolve imunidade permanente contra a febre amarela.


Transmissão A febre amarela é uma doença presente na América do Sul, América Central e em algumas regiões da África. É transmitida por mosquitos tanto em ambientes urbanos quanto silvestres. Embora os vetores sejam diferentes, o vírus e os sintomas são os mesmos, com o Haemagogus sendo o principal mosquito transmissor em áreas florestais e o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, nas áreas urbanas. A infecção ocorre quando uma pessoa não vacinada é picada por um mosquito infectado após circular em áreas de mata. Macacos também podem ser infectados, mas não transmitem diretamente a doença para humanos.


Prevenção


Para prevenir a disseminação da febre amarela urbana, é essencial evitar a reprodução dos mosquitos Aedes aegypti, responsáveis pela transmissão. Esses mosquitos se reproduzem em água parada, encontrada em recipientes como caixas d'água, latas e pneus. Por isso, é importante evitar o acúmulo de água em recipientes destampados. Durante epidemias de dengue ou febre amarela, é necessário realizar a aplicação de inseticida por meio do "fumacê" para eliminar os mosquitos adultos. Além disso, é fundamental que as pessoas se protejam individualmente, especialmente com a vacinação contra a febre amarela, principalmente para aqueles que residem em áreas com casos da doença ou pretendem viajar para essas regiões. Outras medidas preventivas incluem o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.

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