As estimativas apontam para uma queda com média de 1,57 em 2050 e 1,31 em 2100, abaixo da média global que é de 2,1.
Um estudo, publicado na renomada revista britânica The Lancet em março de 2024, aponta análises preocupantes sobre as taxas de fertilidade global. A pesquisa, conduzida pelo grupo de estudo internacional Global Burden of Diseases, prevê que até o ano de 2100, apenas 6 dos 204 países analisados terão níveis sustentáveis de nascimentos para garantir a reposição sustentável da população. Isso corresponde a 3% do total de países apresentam previsão de que taxa de fertilidade ideal será mantida, são eles: Samoa, Somália, Tonga, Nigéria, Chad e Tajikistão
O estudo, que abrangeu dados desde 1950 até 2021 e fez projeções para 2050 e 2100, destaca a importância dessas estimativas para o planejamento de políticas públicas relacionadas a recursos, saúde, educação, igualdade de gênero e planejamento familiar.
Segundo os pesquisadores, a taxa de fertilidade considerada ideal para a reposição populacional é de 2,1 filhos por mulher ao longo da vida. Na década de 1950, a média global era de 4,84 filhos, caindo para 2,23 em 2021. As projeções futuras indicam uma queda para 1,83 em 2050 e 1,59 em 2100.
No Brasil, os números também seguem essa tendência de declínio. 50 anos atrás, a taxa de fertilidade era de 5,93 filhos por mulher, reduzindo para 1,93 em 2021. As estimativas apontam para uma queda ainda maior, sugerindo uma média de 1,57 em 2050 e 1,31 em 2100, abaixo da média global.
Os pesquisadores alertam para as implicações econômicas e sociais desse declínio na taxa de fertilidade, destacando o envelhecimento da população e o impacto na força de trabalho. Mesmo com políticas pró-natalidade, a expectativa é de que as taxas de fertilidade permaneçam baixas em todo o mundo, exigindo um planejamento cuidadoso para lidar com essas mudanças demográficas.