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Ariane 6 tem sucesso parcial em voo inaugural por desvio de trajeto planejado

A unidade de potência do módulo (APU) foi ligada, mas se desligou rapidamente após alguns segundos, tirando o foguete de sua rota na última etapa da viagem

Ariane 6 decola da sua plataforma de lançamento na Guiana Francesa | Foto: ESA

Apesar de colocar com sucesso os dois lotes de satélites em órbita, o foguete europeu

Ariane 6 apresentou uma anomalia na fase final do voo, desviando-o da trajetória planejada e impedindo-o de alcançar a altitude necessária para liberar os últimos ítens de sua carga, duas cápsulas de reentrada projetadas para trazer cargas do espaço de forma segura e eficiente.

O lançamento inaugural do Ariane 6, realizado na última terça-feira (9 de julho), foi considerado um sucesso parcial pela Agência Espacial Europeia (ESA). O foguete, sucessor do Ariane 5, conseguiu colocar em órbita os lotes de microssatélites que transportava, a uma altitude de 500 km.

No entanto, durante a fase final do voo, ocorreu o que a equipe técnica chamou de "anomalia", impedindo a ativação correta da unidade de potência do módulo (APU), que foi ligada pela terceira vez, como pretendido, mas desligou rapidamente após alguns segundos, fazendo com que o estágio superior se desviasse de sua trajetória planejada. Essa falha resultou na impossibilidade de religar os motores do último estágio, o que o impediria de alcançar a altitude de 650 km necessária para liberar as cápsulas. Leia também:


Apesar da falha parcial, a ESA e a Arianespace, empresa responsável pela operação do foguete, consideram o lançamento um marco importante. O Ariane 6 representou um passo significativo para a Europa em seu retorno às viagens espacial, após a aposentadoria do Ariane 5 e o encerramento da parceria com a Russia para uso dos foguetes Soyuz devido à guerra na Ucrânia.


“O Ariane 6 é fundamental para a ambição espacial da Europa”, disse Toni Tolker-Nielsen, diretor interino de transporte espacial da ESA, à Reuters da sala de controle do porto espacial europeu

Especialistas da ArianeGroup, empresa aeroespacial francesa que construiu o foguete, estão trabalhando para analisar os dados do voo e determinar a causa da anomalia. 

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