O programa surge como uma tentativa de reverter o cenário de fuga de talentos científicos do país e fortalecer a pesquisa e inovação brasileiras.
No último dia 16 de abril, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciou o lançamento do Programa de Repatriação de Talentos – Conhecimento Brasil. A iniciativa visa estimular o retorno de pesquisadores brasileiros que atuam no exterior, além de estabelecer parcerias internacionais entre cientistas nacionais e estrangeiros. O investimento previsto para os próximos cinco anos é de R$ 1 bilhão.
Entre as medidas previstas pelo programa, está o aumento do valor das bolsas de pesquisa, oferecimento de plano de saúde, apoio para a compra de equipamentos e inclusão de um plano de aposentadoria. Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudo sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP, ressalta a importância da iniciativa, destacando a significativa fuga de cérebros nos últimos anos.
Zatz também pondera os desafios que o Brasil enfrenta para atrair cientistas de volta ao país, especialmente em relação às condições oferecidas no exterior. Ela aponta exemplos, como o caso da China, onde cientistas estabelecidos nos Estados Unidos retornaram ao país asiático devido a condições atrativas. Para a geneticista, é fundamental que o Brasil acredite e invista em seus cientistas antes que seja tarde demais.
O programa surge como uma tentativa de reverter o cenário de fuga de talentos científicos do país e fortalecer a pesquisa e inovação brasileiras. De acordo com o último levantamento do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2022, cerca de 35 mil cientistas brasileiros estejam vivendo no exterior.
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