O câncer bucal pode atingir os lábios, gengivas, bochechas, palato e língua e o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.
Os principais fatores de risco são o uso de tabaco, consumo de álcool, exposição excessiva ao sol e infecção pelo HPV | Foto: Sesa
A Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, que acontece de 1 a 7 de novembro, busca chamar a atenção para a importância da prevenção e do diagnóstico antecipado dessa doença, que atinge milhares de pessoas no Brasil anualmente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de boca é o quinto mais frequente entre homens e o sétimo entre mulheres no país, com cerca de 15 mil novos casos diagnosticados a cada ano.
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Fernando Avellar, dentista, destaca que o câncer bucal, embora muitas vezes silencioso, pode ser amplamente evitado através de mudanças nos hábitos de vida. “A prevenção está intimamente ligada à adoção de hábitos saudáveis, como não fumar e evitar o consumo de álcool, que são os principais fatores de risco. Manter uma boa higiene bucal e realizar consultas regulares ao dentista são ações essenciais para o diagnóstico precoce”, explica Avellar.
Principais fatores de risco e prevenção
Os principais fatores de risco para o câncer bucal incluem o uso de tabaco, consumo de álcool, exposição excessiva ao sol e infecção pelo HPV. “Esses fatores aumentam significativamente as chances de desenvolver lesões malignas na boca. É vital que a população esteja ciente de que hábitos diários têm um impacto direto na saúde bucal”, ressalta Fernando Avellar.
A prevenção começa com evitar o cigarro e o álcool, usar proteção solar e adotar uma dieta saudável, rica em proteínas, frutas e vegetais, que ajuda a fortalecer o organismo. Avellar reforça a importância das consultas regulares ao dentista: “Exames periódicos permitem identificar anormalidades no início, prevenindo lesões e melhorando imensamente as chances de tratamento bem-sucedido”.
Atenção aos sinais de alerta
Identificar precocemente os sinais do câncer bucal é fundamental. “Lesões na boca que não cicatrizam em até 15 dias, manchas brancas ou vermelhas, má higiene, inflamações crônicas, próteses desadaptadas, feridas, dor ao mastigar e dificuldades para engolir são indicativos que exigem atenção”, alerta Fernando Avellar.
Ele ainda recomenda a realização de autoexames, observando regularmente a língua, gengivas, lábios e céu da boca para perceber alterações. “O autoexame é uma medida simples e eficaz que qualquer pessoa pode realizar em casa. Ao notar mudanças persistentes, é crucial consultar um dentista para avaliação”, destaca.
A conscientização como ferramenta para a prevenção
A campanha tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a necessidade de cuidados preventivos e diagnóstico precoce, pontos-chave para reduzir a mortalidade do câncer bucal, que ainda é alta devido ao diagnóstico tardio. “A conscientização é fundamental para reduzir esses números. Quanto mais cedo a doença é detectada, maiores são as chances de sucesso no tratamento”, conclui Avellar.