Ministério da Agricultura mantém monitoramento do surto de gripe aviária no Rio Grande do Sul
- Ciência Elementar

- 6 de jun.
- 2 min de leitura
Surto registrado em maio no estado está sob controle, com suspensão temporária de exportações e monitoramento ampliado no país.

A granja passou por desinfecção e está em período de observação sanitária de 28 dias desde 22 de maio. | Foto: MAPA
O Ministério da Agricultura mantém monitoramento ativo do surto de gripe aviária altamente patogênica (H5N1) detectado em 16 de maio de 2025 em uma granja comercial de frangos em Montenegro, no Rio Grande do Sul. Até o momento, o surto resultou na morte de 15 mil aves infectadas, no sacrifício sanitário de outras 2 mil e na destruição de 1,7 milhão de ovos. A granja passou por desinfecção e está em período de observação sanitária de 28 dias desde 22 de maio. Um caso recente em ave silvestre no Distrito Federal também ampliou a vigilância. As autoridades seguem realizando testes e ações para conter a doença enquanto negociam com parceiros internacionais as restrições comerciais impostas.
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De acordo com as autoridades, o surto foi identificado por meio de exames laboratoriais após a morte súbita de aves na granja. O vírus H5N1, causador da gripe aviária, é transmissível entre aves e pode causar perdas econômicas ao setor avícola.
A repercussão internacional levou à suspensão temporária das importações de carne de frango brasileira por países como China, Coreia do Sul, União Europeia, Canadá, México e outros. O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, mantinha até o início do surto o status de livre da doença em plantéis comerciais.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou que o governo defende a adoção da vacinação de aves contra a gripe aviária, além da estratégia de regionalização, que limitaria as restrições comerciais apenas às áreas afetadas. “Para que possamos juntos discutir um modelo de sanidade animal de regionalização, da possível implementação de vacinas na questão da aviária, tudo isso sem restringir mercados, em acordo entre compradores e vendedores”, declarou Fávaro durante reunião com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris.
Um trabalhador da região foi submetido a exame para descartar infecção humana por H5N1 após apresentar sintomas respiratórios, com resultado negativo divulgado em 20 de maio. A análise foi conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com amostras encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência em influenza.
Até o início de junho, o Ministério da Agricultura informou que o Brasil não registra novos casos em granjas comerciais há 14 dias consecutivos e aguarda o término do período de observação de 28 dias para que o país possa ser declarado livre da doença. Mais de 4 mil testes foram realizados em aves, com nove suspeitas adicionais ainda em investigação. A vigilância permanece ativa para evitar novos focos e garantir a continuidade da produção avícola.
A gripe aviária é uma zoonose que raramente infecta humanos, mas pode representar risco em casos de contato direto com aves doentes. O Ministério da Saúde orienta que produtores rurais sigam as recomendações sanitárias e comuniquem imediatamente qualquer anormalidade aos órgãos competentes.








