A doença é causada pela bactéria Bordetella pertussis e pode resultar em complicações graves, como insuficiência respiratória e até mesmo morte.
Dobra o número de casos de coqueluche na cidade de São Paulo entre janeiro e abril deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Essa tendência preocupante destaca a importância da vacinação, especialmente para proteger bebês não imunizados, que estão entre as principais vítimas dessa doença grave.
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis e pode resultar em complicações graves, como insuficiência respiratória e até mesmo morte, especialmente em bebês menores de um ano, que são os mais vulneráveis. No entanto, a vacinação adequada pode ajudar a prevenir a doença.
A vacina pentavalente oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é uma das principais medidas de prevenção contra a coqueluche. Ela protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo B e é administrada em diferentes doses ao longo da infância.
Segundo dados do Ministério da Saúde, apesar da disponibilidade, a taxa de cobertura da vacina DTP em crianças menores de 1 ano na cidade de São Paulo em 2024 é de apenas 45,25%, enquanto atinge 63,06% no primeiro reforço aos 12 meses de idade. Além disso, a cobertura da vacina dTpa em adultos é de apenas 41,40%. Esses números ficam aquém da recomendação do Ministério da Saúde, que preconiza uma cobertura vacinal superior a 80% para impedir a circulação do vírus e a possível ocorrência de epidemias.
A coqueluche é altamente contagiosa e pode se espalhar facilmente pelo contato com gotículas respiratórias de pessoas infectadas. Com a chegada do clima ameno e frio, as autoridades de saúde alertam para a importância de estar ciente dos sintomas da doença, que incluem febre, tosse seca e acessos de tosse pronunciados.
Foram registrados pelo menos 17 casos de coqueluche em /são /Paulo, diante desse cenário, é essencial que a população esteja consciente da importância da vacinação e adote medidas preventivas, como a lavagem regular das mãos e a cobertura da boca e nariz ao tossir ou espirrar. Os sintomas da coqueluche geralmente se desenvolvem em três estágios distintos:
Fase Catarral: Esta fase inicial dura cerca de uma a duas semanas e é caracterizada por sintomas semelhantes aos do resfriado comum, incluindo coriza, febre leve, mal-estar e tosse seca.
Fase Paroxística: Após a fase catarral, segue-se a fase paroxística, que pode durar de duas a seis semanas. Durante esta fase, a tosse torna-se mais grave e distintiva, com episódios de tosse intensa e repetitiva, frequentemente seguidos por um som inspiratório agudo, conhecido como "grito inspiratório". Esses acessos de tosse podem ser tão severos que levam à falta de ar, vômitos e até mesmo à perda de consciência.
Fase de Convalescença: Finalmente, a fase de convalescença marca a diminuição gradual dos sintomas, embora a tosse possa persistir por várias semanas ou meses. Durante este período, os pacientes podem experimentar períodos de tosse intermitente, mas menos intensa.
Embora a coqueluche seja frequentemente associada a crianças, também pode afetar adolescentes e adultos, muitos dos quais podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas leves. No entanto, em bebês e crianças pequenas, especialmente aquelas com menos de um ano de idade que ainda não completaram o esquema de vacinação, a coqueluche pode ser grave e potencialmente fatal.