A ESA considera o desenvolvimento dessas tecnologias fundamental para futuras explorações lunares e a busca por vida em Marte.
Codi e Charlie com características distintas, cada um projetado para enfrentar desafios específicos | Foto: Airbus
Airbus está conduzindo testes avançados com dois rovers espaciais, Codi e Charlie, em uma pedreira em Bedfordshire, no Reino Unido. Estes testes são parte de um projeto voltado para o desenvolvimento de tecnologias essenciais para a exploração espacial, com ênfase na busca por vida em Marte. Os rovers foram projetados para operar de forma autônoma em terrenos difíceis e estão passando por rigorosas avaliações para garantir seu desempenho em futuras missões espaciais.
A fabricante de aeronaves, com um histórico de colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA) em projetos como satélites, rovers e outras tecnologias espaciais, desenvolveu Codi e Charlie com características distintas, cada um projetado para enfrentar desafios específicos. Codi, um rover de quatro rodas, é equipado com câmeras de navegação e um braço robótico que pode coletar amostras de rochas e armazená-las em pequenos tubos. O design de Codi é baseado no Sample Fetch Rover (SFR), originalmente planejado para coletar amostras deixadas pelo rover Perseverance em Marte. Embora a missão do SFR tenha sido cancelada em favor de helicópteros, Codi continua a ser desenvolvido e aprimorado pela ESA.
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Charlie, por outro lado, é um rover de seis rodas com uma suspensão "rocker bogie", projetado para superar obstáculos com até o dobro do diâmetro de suas rodas. Ele está testando novas tecnologias, incluindo um sensor LiDAR, que permite a navegação em condições de baixa luminosidade, e um sistema de navegação desenvolvido para o rover ExoMars Rosalind Franklin, com lançamento previsto para 2028.
Codi é capaz de se movimentar e coletar amostras com uma precisão de aproximadamente 10 cm, enquanto Charlie está avaliando um novo sistema de navegação, planejado para a missão ExoMars Rosalind Franklin. Os testes são essenciais para verificar a aplicabilidade dessas tecnologias em missões lunares e marcianas.
A Lua é vista como um passo intermediário para Marte, onde os rovers podem desempenhar papéis críticos na criação de bases lunares, transporte de materiais e assistência a astronautas. Chris Draper, gerente do programa de rovers da Airbus, destacou que a validação dessas tecnologias na Lua pode abrir caminho para sua utilização em Marte.
Embora não esteja confirmado se Codi e Charlie serão usados em missões espaciais, a ESA considera o desenvolvimento dessas tecnologias fundamental para futuras explorações lunares e a busca por vida em Marte
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